🕯️ Quem Permanecerá no Seu Velório Mental?
Uma reflexão profunda sobre presença, memórias e quem realmente ficaria ao seu lado no seu “velório mental”. Descubra o valor das conexões reais, quem realmente estaria ao seu çado.
🧩 Autor: André Luiz 🧘♂️ Projeto: Mente no Ritmo Certo
10/8/20253 min read


EscrevSe você morresse hoje, quem ficaria de verdade?
Quem sentiria falta do seu riso, da sua presença silenciosa, das pequenas manias que só você tem?
E, mais ainda: quem realmente esteve com você enquanto você ainda estava vivo por dentro?
Pode parecer uma pergunta dura, quase desconfortável. Mas é justamente aí que começa o despertar.
Vivemos em um tempo em que muita gente ainda respira, mas já morreu emocionalmente. Corpos presentes, mentes exaustas, corações ausentes. Gente que sorri sem sentir, que fala sem ouvir, que vive sem estar.
🧠 O Velório que Começa Antes da Morte
A psicanálise chama de “morte simbólica” o momento em que uma pessoa deixa de se reconhecer.
Quando você se adapta tanto ao que o mundo espera, que já não sabe mais o que é genuinamente seu — o seu riso, o seu gosto, o seu silêncio.
A neurociência explica que o cérebro cria “atalhos emocionais” para suportar dores constantes.
O problema é que esses atalhos, quando usados demais, desligam a consciência do sentir.
É como se o cérebro dissesse: “para de doer, então para de sentir”.
E assim, pouco a pouco, a pessoa morre por dentro, mesmo continuando a trabalhar, a postar fotos, a conversar com os outros.
🪞 Quem Você Deixou de Ser?
Em algum momento da vida, você talvez tenha parado de se ouvir.
Talvez tenha se tornado o que esperavam de você: o profissional exemplar, o pai responsável, a mãe forte, o amigo disponível.
Mas — e você? Onde ficou?
A psicanálise mostra que o “eu ideal” muitas vezes sufoca o “eu real”.
O ideal quer ser admirado; o real quer apenas existir.
E quando passamos tempo demais tentando ser o que o outro aprova, nasce a sensação de vazio — o luto de si mesmo.
💔 A Dor do Não-Percebido
Nada dói mais do que estar presente e não ser visto.
Ser ignorado, não por crueldade, mas porque o mundo anda rápido demais para perceber o humano por trás do corpo.
A mente começa a emitir sinais: ansiedade, apatia, esquecimento, irritação.
São gritos silenciosos de uma alma tentando se reconectar.
O burnout, por exemplo, é mais do que esgotamento — é um pedido de socorro do eu autêntico, sufocado por exigências externas.
🔄 Reaprender a Estar
Mas há um ponto de virada.
Sempre há.
O primeiro passo é o reconhecimento.
Admitir: “eu não estou bem, e tudo bem não estar”.
Esse gesto simples ativa o que os neurocientistas chamam de circuito de autorregulação emocional — a capacidade do cérebro de reorganizar suas conexões quando você aceita o que sente, em vez de lutar contra isso.
Depois, vem o segundo passo: silenciar o barulho externo.
Não se trata de fugir do mundo, mas de ouvir-se com atenção.
Cinco minutos de respiração consciente por dia, caminhar sem fone, escrever o que sente, tudo isso reativa partes do cérebro ligadas à presença e à empatia.
Aos poucos, você volta a habitar o próprio corpo.
E o velório mental dá lugar a um recomeço silencioso.
🌱 Renascer em Vida
Viver plenamente não é eliminar as dores — é permitir-se senti-las com consciência.
As feridas que você enfrenta não são o fim, mas o início de uma nova construção de si.
A cada dia em que você escolhe ser honesto com o que sente, uma parte do velho “eu” é sepultada com respeito, e uma parte nova nasce.
Talvez nunca volte a ser quem era. E está tudo bem.
Porque crescer é justamente isso: morrer e nascer inúmeras vezes, em um ciclo natural de evolução.
💬 O Valor das Presenças Reais
Olhe à sua volta.
Quantas pessoas realmente te escutam?
Quantas te olham sem o filtro da pressa ou da aparência?
Essas são as que ficariam no seu velório mental.
Mas, mais importante: você ficaria?
Você tem permanecido em si mesmo — ou também foi embora, distraído, exausto, conformado?
Talvez seja hora de voltar.
De se reencontrar com o que te faz sentir vivo.
De reaprender a rir, sem performance.
De chorar, sem culpa.
De estar, sem precisar ser aceito.
🔔 O Convite Final
A vida não é sobre evitar a morte.
É sobre não morrer antes de viver.
E se há algo que a psicanálise e a neurociência concordam, é isso:
a mente se cura quando encontra significado.
E o significado não se encontra fora, mas dentro.
Então, antes que o silêncio te engula, volte a se ouvir.
Antes que o cansaço te molde, volte a sentir.
Antes que o tempo te leve, volte para casa — para dentro de si.
Conclusão: Renascimento não é uma jornada solitária nem instantânea – exige suporte, estudo, paciência. Você não está só e não precisa carregar tudo por conta própria
Porque no fim, quem permanecerá no seu velório mental é quem você escolher ser agora.
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